sexta-feira, 6 de junho de 2008

'Copolidade '

Um copo.Raso ou fundo não importa,existem dias que a gente só precisa de um copo.Cheio.Até a boca.Com frequência,espumando,derramando toda a sua graça por onde passa.Com uma certa permanência aquele com um cheiro forte,um gosto amargo,quente,muito quente.Não cura meu mal humor,nem a solidão,mas cura a falta que às vezes um calor me faz.Desce amargamente,por dentro de um lugar que chora,despetala,quase se desmancha e caí.O bom é quando copo resolve e a gente não apela para o travesseiro.Esse sim,escuta tanta lamentação que nem o copo mais usado já escutou.
A melhor sensação do mundo tem um nome com sílabas tão abertas quanto a sensação que proporciona, LIBERDADE.Dá até um gosto bom na boca quando essa palavra sai e dá vontade de ficar falando ela, e gritando 'liberdade, liberdade, liberdade!'.Sem referencias a estar solteiro ou não, mas liberdade na cabeça, na atitude, na vontade de fazer as coisas com a mais pura vontade, ser sincero naquilo que se quer, tudo isso se resume na sensação de estar livre,de não dever explicações para ninguém. Acho que há muito tempo eu não sentia isso, mas hoje a sensação foi essa.Viver ultrapassa qualquer entendimento. E o que mais dói nessa vida diária é ver o quanto as pessoas podem ser inconstantes e mentirosas.Mudam de aparência, de opinião e de personalidade muito rapidamente, e as vezes nem mudam, sempre foram assim, mas fingia serem outras por você.Davam-te o mundo, o céu, o mar e as estrelas, xingavam o erro que cometeram, e hoje até conversa com ele, até o ama.Amar ultrapassa qualquer coisa, e se for um amor desses que alguém um dia teve pra me dar, eu dispenso, quero daqueles de verdade, não esses que fingem tirar meus pés do chão.Personalidade tem que ser uma, mesmo que na verdadeira seja das piores, amor é amor e ponto final, não essas coisinhas banalizadas que o mundo está cansado de ver.